sábado, 1 de agosto de 2009

Interligações Quânticas

A seguir, três assombrosos experimentos com o DNA (ADN) que provam as qualidades e sua autocura em consonância com os sentimentos da pessoa (... )

EXPERIMENTO 1: O primeiro experimento foi realizado pelo Dr. Vladimir Poponin, um biólogo quântico. Nessa experiência começou-se por esvaziar um recipiente (quer dizer que se criou um vazio em seu interior) e o único elemento deixado dentro foram fótons
(partículas de luz). Foi medida a distribuição desses fótons e descobriu-se que estavam distribuídos aleatoriamente dentro desse recipiente. Esse era o resultado esperado. Então foi colocada dentro do recipiente uma amostra de DNA e a localização dos fótons foi medida novamente. Dessa vez os fótons haviam se ORGANIZADO EM LINHA com o DNA. Em outras palavras, o DNA físico produziu um efeito nos fótons não-físicos. Depois disso, a amostra de DNA foi removida do recipiente e a distribuição dos fótons foi medida novamente. Os fótons PERMANECERAM ORDENADOS e alinhados onde havia estado o DNA. A que estão conectadas as partículas de luz? Gregg Braden diz que estamos impelidos a aceitar a possibilidade de que exista um NOVO campo de energia e que o DNA está se comunicando com os fótons por
meio desse campo.
EXPERIMENTO 2: Esse experimento foi levado a cabo pelos militares. Foram recolhidas amostras de leucócitos (células sanguíneas brancas) de um número de doadores. Essas amostras foram colocadas em um local equipado com um aparelho de medição das mudanças elétricas. Nessa experiência, o doador era colocado em um local e submetido a "estímulos emocionais" provenientes de videoclipes que geravam emoções ao doador. O DNA era colocado em um lugar diferente do que se encontrava o doador, mas no mesmo edifício. Ambos, doador e seu DNA,eram monitorados e quando o doador mostrava seus altos e baixos emocionais (medidos em ondas elétricas) o DNA expressava RESPOSTAS IDÊNTICAS e AO MESMO TEMPO. Não houve lapso e retardo de tempo de transmissão. Os altos e baixos do DNA COINCIDIRAM EXATAMENTE com os altos e baixos do doador. Os militares queriam saber o quão distantes podiam ser separados o doador e seu DNA e continuarem observando este efeito. Pararam de experimentar quando a separação atingiu 80 quilômetros entre o DNA e seu doador e continuaram tendo o MESMO resultado. Sem lapso e sem retardo de transmissão. O DNA e o doador tiveram as mesmas respostas ao mesmo tempo.

Que significa isso? Gregg Braden diz que as células vivas se reconhecem por uma forma de energia não reconhecida anteriormente. Essa energia não é afetada pela distância e nem pelo tempo. Essa não é uma forma de energia localizada, é uma energia que existe em todas as partes e todo o tempo.

EXPERIMENTO 3 O terceiro experimento foi realizado pelo Instituto Heart Math e o documento que lhe dá suporte tem este título: Efeitos locais e não locais de freqüências coerentes
do coração e alterações na conformação do DNA (Não se fixem no título, a informação é incrível!) Esse experimento relaciona-se diretamente com a situação com o antrax (doença infecciosa). Nesse experimento tomou-se o DNA de placenta humana (a forma mais prístina de DNA) e colocou-se em um recipiente onde se podia medir suas alterações. 28 amostras foram distribuídas, em tubos de ensaio, ao mesmo número de pesquisadores previamente treinados. Cada pesquisador havia sido treinado a gerar e SENTIR sentimentos, e cada um deles podia ter fortes emoções. O que se descobriu foi que o DNA MUDOU DE FORMA de acordo com os sentimentos dos pesquisadores.
Quando os pesquisadores sentiram gratidão, amor e apreço, o DNA respondeu RELAXANDO-SE e seus filamentos esticando-se. O DNA tornou-se mais grosso. Quando os pesquisadores SENTIRAM raiva, medo ou stress, o DNA respondeu APERTANDO-SE. Tornou-se mais curto e APAGOU muitos códigos. Você há se sentiu alguma vez "descarregado" por emoções negativas? Agora já sabe por que seu corpo também se descarrega! Os códigos de DNA conectaram-se novamente quando os pesquisadores tiveram sentimentos de amor, alegria, gratidão e apreço. Essa experiência foi aplicada posteriormente a pacientes com HIV positivo.
Descobriram que os sentimentos de amor, gratidão e apreço criaram RESPOSTAS DE IMUNIDADE 300.000 vezes maiores que a que tiveram sem eles. Assim, temos aqui uma resposta que nos pode auxiliar a permanecer com saúde, sem importar quão daninho seja o vírus ou a bactéria que esteja flutuando ao redor. Mantendo os sentimentos de alegria, amor, gratidão e apreço, essas alterações emocionais foram mais além de seus efeitos eletromagnéticos. Os indivíduos treinados para sentir amor profundo foram capazes de mudar a forma de seu DNA. Gregg Braden diz que isso ilustra uma nova forma de energia que conecta toda a criação. Essa energia parece ser uma REDE ESTREITAMENTE TECIDA que conecta toda a matéria. Podemos influenciar essencialmente essa rede de criação por meio de nossas VIBRAÇÕES.
* RESUMO: O que tem a ver os resultados dessas experiências com nossa situação presente? Essa é a ciência que nos permite escolher uma linha de tempo que nos permite estar a salvo, não importa o que aconteça. Como Gregg explica em seu livro O EFEITO DE ISAÍAS, basicamente o tempo não é apenas linear (passado, presente e futuro), mas também é profundidade. A profundidade do tempo consiste em todas as linhas de tempo e de oração que possam ser pronunciadas ou que existam. Essencialmente, suas orações já foram respondidas. Simplesmente ativamos a que estamos vivendo por meio de nossos SENTIMENTOS. É assim que criamos nossa realidade, ao a escolhermos com nossos sentimentos. Nossos sentimentos estão ativando a linha do tempo por meio da rede de criação, que conecta a energia e a matéria do universo. Lembre-se que pela Lei do Universo atraímos aquilo que colocamos em nosso foco. Se você focar em temer qualquer coisa, seja lá o que for, estará enviando uma forte mensagem ao Universo para que te envie aquilo a que você mais teme. Em troca, se você puder se manter com sentimentos de alegria, amor, apreço ou gratidão e focar-se em trazer mais disso para sua vida, automaticamente conseguirá afastar o negativo. Com isso, você estaria escolhendo uma LINHA DE TEMPO diferente com esses sentimentos. Pode-se prevenir o contágio do antrax, ou de qualquer outra gripe ou vírus, ao se permitir sentimentos positivos que mantêm um sistema imune extraordinariamente forte. Sendo assim, essa é uma proteção para o que vier. Busque algo pelo qual você possa estar alegre todos os dias, cada hora se possível, momento a momento, ainda que sejam alguns poucos minutos. Esta é a mais fácil e melhor das proteções que você poderá ter.

fonte: http://www.greggbraden.com/

domingo, 12 de julho de 2009

O VENTO

Fim de casamento, rescaldo da derrota, o velho lobo solitário lambia as feridas, não vendo a hora de acabarem os dias frios de inverno e um vizinho, notando que apesar da roupa de super-homem bem recortada, a cara denotava a perda - chamou um amigo médium para um "passe". - Se não fizer bem, mal também não faz - observou o meu vizinho. Topei. Na casa dele, defronte a minha, nos reunimos em círculo na sala. O médium incorporou a entidade e começo a consultar com o pessoal. Na minha vez, ele pergontou o que eu queria. Respondi que só queria proteção. Então ele me deu uma tarefa. "-Você vai na igreja de Santo Antônio na primeira missa do domingo. Entra na igreja e chama pelo meu nome três vezes."
Bem, no domingo eu queria mais era ficar na cama, mas alguma coisa me disse que eu devia arriscar bancar o idiota, mas fazer o que me fora recomendado. Fui até a igreja, que por sinal estava lotada e chamei o vento três vezes. Bem, fiz a minha parte e voltei para casa.

Três anos depois, conheci uma garota no Rio, com a qual eu quis me casar, mas não deu certo. Ela me deu o fora no dia 31 de março. Voltei para São Paulo desconsolado. No dia seguinte, uma segunda-feira, fui demitido no trabalho. Fui para casa, desliguei o telefone, tranquei a porta e permaneci incomunicável por 8 meses. Não atendia a porta. Coloquei um aviso: "É importante? Bata." e as pessoas, é claro, batiam se achavam o assunto importante. Aí troquei o aviso por: "Agora não!" Cheguei a ficar 17 dias sem abrir a porta da frente. E quando saía, era só para comprar alimentos ou ir ao banco. Depois de todo esse tempo, acabou o dinheiro, o telefone foi cortado, comecei a passar fome. Um dia, saí de casa, fui a um orelhão e no terceiro telefonema, já estava empregado. Mas só Deus sabe o que eu passei. Não foi fácil. Então, aos poucos, coloquei minha vida novamente em dia.

Passado um certo tempo, recebo a notícia. Outono bem definido, próximo do inverno, mar em plena ressaca, o vento derrubou uma enorme árvore bem na fachada da casa da minha ex, com um estrago considerável. Até aí morreu neves, mas logo recebo outra notícia: o vento havia derrubado também, logo depois, com também grande prejuízo, outra árvore na parte de trás da casa. Baita coincidência. O vento muda de trajeto, inverte por vezes, não é assim? Mas eu dei uma clareada na memória um tanto quando forçosa, quando soube que a mulher do irmão da minha ex, uma pessoa pela qual eu não alimentava muita simpatia, foi chamar o filho, que brincava no pier, para o almoço e o vento arrancou uma banca de jornais do chão jogando por sobre ela. Quebrou a bacia, esteve internada por muito tempo e tem sequelas até hoje. Tento não ligar os assuntos, mas isso de vez em quando acaba acontecendo e me sinto um tanto constrangido, porque não me considero um tipo que possa desejar mal às pessoas nem por brincadeira. Mas essas histórias, por vezes, me colocam pensativo.

A MÃE DE SANTO

Estava em minha cidadezinha natal.
Meu aviãozinho da vida aterrisou meio que forçadamente na casa de minha mâe, obrigado pela turbulência de um longo período de desemprego inoportuno.
O Bodão é meu amigo de longa data.
É viúvo de uma linda professora minha que partiu prematuramente, lhe deixando um casal de filhos.
Estávamos numa lanchonete no centro, quando eu lhe queixei da vida.
Derrubado, sem emprego, sem perspectiva e bastante desanimado com tudo isso.
Ele me apascentou e disse que iria me levar num lugar onde havia uma pessoa que poderia me dar um rumo na vida, ou pelo menos uma orientação.
Numa manhã qualquer, lá fomos nós.
Depois de enfrentar uma fila enorme, fiquei cara a cara com a tal mulher.
Ela estava com um traje estranho, a boca retorcida, os olhos fechados.
Falava um português do tati-bitati bastante difícil de entender.
Fumava um cachimbo o tempo todo e dava goladas num líquido que pelo jeito que fazia, pensei a princípio ser água porque não tinha cheiro e, só depois, vim a saber que era pinga da boa.
Havia uma moça que funcionava como tradutora, explicando para os consulentes o que a entidade dizia.
Infelizmente, naquele dia, a moça teve um problema de família e precisou faltar e eu fiquei cara-a-cara com o ininteligível.
Mas deu pro gasto.
Até onde eu entendi, eu estava com mandinga e precisa fazer um descarrego com velas grandes, pólvora em uma boa encruzilhada.
Como não tinha dinheiro nem para o coletivo, nem dei bola ou mesmo sequer tomei nota da receita, apenas fingi memorizar.
Aí, a entidade colocou a mão na minha cabeça e fungou um bocado com o cachimbo na boca. Pegou um rosário de metal, tirou uma conta e me deu.
Disse que haveria um acidente com morte e que era para eu fazer um patuá com aquela conta e carregar no pescoço como proteção.
Mais uma vez a minha incredulidade me impediu de atender completamente o pedido do espírito.
Apenas coloquei na minha carteira, no bolso traseiro da calça e boa.
Bodão, meu amigo do peito, avisou:
"- Cuidado que essa mulher é fogo. Disse que a minha namorada ia ficar viúva na quinta feira e no sábado o marido dela embarcou. Morreu."
Meses depois, a situação mudou.
Já estava trabalhando, quando levantei um dia com uma enorme sensação de que haveria algo muito importante naquele dia.
Mas não sabia o que era, nem fazia idéia, tinha apenas a sensação.
Comentei isso ao chegar ao trabalho.
E o dia passou modorrento, sem nenhuma novidade.
Onze da noite, fim do fim do expediente, fomos para um boteco tomar umas, antes de ir para casa.
Peguei carona com o Ivanzinho, câmera-man e mais dois colegas.
Ele estava com a picape saveiro da noiva.
Entrei na cabine e os dois foram na carroceria.
Fomos ao bar, bebemos, comemos e por volta de meia noite e meia, resolvemos ir embora.
Mais uma vez, eu na cabine e os dois na caçamba.
Me levaram até em casa e seguiram caminho, já com os dois na cabine.
No dia seguinte, acordo com uma ligação da secretária do meu chefe que, numa habilidade desastrosa, me mandou ver na lata:
Pedro, vem para cá agora, porque o pessoal que estava com você ontem à noite sofreu um acidente, um dos meninos teve que retirar o baço e o outro quebrou a perna.
Agora, o Ivanzinho quebrou o pescoço e morreu na hora.
Se vc ficasse mais 5 minutos com eles, vc teria morrido também.
Depois de passado o choque, amainada a crise de choro, enfiei a mão no bolso de trás de minha calça, retirei a carteira e conferi:
A conta do rosário estava lá.

O VIDENTE


Ao comentar, no meu trabalho, sobre a cartomante que previu a própria morte numa sessão de leitura de cartas, meu colega Neizinho disparou:
"- É, Pedrão, tem coisa estranha neste mundo. Lá no meu bairro tem um velhinho que é terrível. Previu um bando de coisas. Colega nosso falou com ele, ele avisou que o rapaz iria morrer dentro do próprio carro e não deu outra: se atrapalhou numa avenida movimentada e acabou batendo num poste com o seu Maverick. Morreu com o pescoço quebrado. Você, que já tem experiência com a velhinha lá do Cambuí, precisa conhecer o meu vizinho."
É claro que um belo dia, lá estava eu no bar ao lado da casa do Nei.
O homem, um senhor de baixa estatura, rosto inchado, olhos vermelhos e lábios azulados de tanto beber, fez o óbvio.
Me pediu para pagar uma pinga.
Imaginei: o Neizinho me arruma cada uma... Esse senhor não é sensitivo nada! E ainda por cima é um pé de cana. Só comigo mesmo...
De repente, um colega atravessa e puxa o velhinho para o lado de fora do bar e começa uma conversa animada, reservadamente.
Depois de um tempo, entra chorando.
Chamei-o de lado e perguntei baixinho: - O que houve? e ele respondeu que o homem do nada, não só falara sobre a sua doença (era epiléptico) como falara da doença de seu irmão (cleptomaníaco) e de outros problemas pessoais e familiares super-secretos que só os amigos mais chegados sabiam e ainda assim em parte.
Depois de atender a mais alguns colegas, chegou a minha vez.
Ele olhou bem dentro dos meus olhos e disse:
"- Você é uma pessoa que gosta de ver o sucesso dos outros né? Vc vibra quando as pessoas se dão bem."
Achei isso uma afirmação óbvia demais, mas concordei.
É muito comum ter pessoas assim, que torcem pelos outros.
Aí ele perguntou:
"- O seu chefe gosta de vc? Como vc está no trabalho?" respondi que mais-ou-menos e aí ele disse:
"- É que você vai ter uma promoção no trabalho no mês que vem."
Na verdade, eu ia muito mal no meu trabalho.
Lamentei por ver o homem me estimulando naquilo de mais frágil.
Em seguida, ele perguntou se havia alguém doente na família. Informei-o que minha mãe e a avó de minha mulher estavam com angina.
Mais nada.
Ele observou:
"- é que irão levar até você - até a sua casa, vc será procurado lá - a notícia da morte de uma pessoa muito próxima."
Dito e feito.
A minha situação na firma degringolou de tal maneira, que não tive outra alternativa a não ser procurar outro emprego, que consegui pelo triplo do salário.
Na mesma semana, recebi uma oferta de trabalho numa grande rede de TV por mais de 12 vezes o meu salário anterior.
E, em casa, num condomínio, fui procurado por um segurança para avisar que alguém havia morrido e minha mulher precisava falar comigo.
De fato, ao ligar para ela, soube que a garota que não saía de minha casa, era irmã da minha cunhada e grande amiga de minha mulher.
Várias vezes o Nei me avisou que o velhinho estava bebendo demais e "trepidando".
Eu sempre queria voltar lá, mas a notícia de sua morte chegou antes.
Perdi o meu desacreditado, mas eficiente vidente.

A Cartomante

Meu carro estava na oficina e para buscá-lo, peguei uma carona com minha mulher.
Durante o trajeto, com todo jeito, ela me consultou
sobre a possibilidade de fazer uma pequena parada no caminho.
Sem saber direito do que se tratava, concordei, afinal eu era o carona.
Ela parou numa pracinha onde havia uma enorme seringueira falsa, dessas de grandes folhas e profusas raízes.
Havia de uma lado da praça, uma série de casas com grade na frente.
Entramos numa delas.

Veio nos receber uma senhora clara, obesa, de lenço na cabeça, com algo parecido aos seus 70 anos ou mais.
A minha mulher nos apresentou: "-Eu sou a Fulana. Este aqui é o Pedrinho...".
Conversa vai, conversa vem, minha mulher, reservadamente, me asseverou que ela era uma cartomante e que não lia as cartas para mais que
uma pessoa.
Com a curiosidade aguçada, entrei na brincadeira.
Me ofereci para ser o primeiro e asssim foi.
Uma vez a sós, a mulher colocou algumas cartas na mesa, fez caras e bocas e disparou:
"- É... Estou vendo aqui que você vai se casar."
Segurei o riso.
Afinal, eu já era casado no civil e religioso com a m
inha mulher, ela apenas não disse nada na apresentação por decuido, talvez.
Mas fiquei firme.
Aí ela disse:
"- Mas não é com essa moça aí não!" se referindo à minha mulher.
Mais uma vez segurei o riso.
"- Você vai se casar com uma moça mais clara do que essa, de pele bem branquinha e cabelo castanho quase loiro."
Diante do non-sense da situação, resolvi colaborar e emendei:
"- Será que vou ter filho?"
Ela confirmou.
Mais que um?
Ela respondeu:
Estou vendo aqui coisas tristes.
E de coisas tristes eu não falo."
Lamentei, porque tinha feito exame médico que apontou minha esterilidade.
Pagamos na época algo parecido a R$ 2,00 por consulta e fui embora imaginando quão lamentável era ter que fazer esse papel ridículo que a mulher fez bem no fim da vida, apenas para faturar uns trocos.
Mas esqueci.
Depois de dois anos, a minha vida mudara drasticamente.
Me separei da minha primeira mulher e conheci a segunda.
Quando a minha segunda mulher teve nosso primeiro filho - descobri nessse meio tempo que havia na história do meu casamento anterior uma falsificação de resultado de espermograma - lembrei da velhinha.
Moça de pele clara, né?
Era a minha atual mulher.
Filhos impossíveis?
Lá estava o meu primogênito.
Resolvi voltar.
Mas a vida atribulada não deixava.
Quando meu menino completou seis meses, resolvi cancelar uns compromissos e ir lá ver a velhinha de novo e pedir desculpas por tudo o que eu tinha pensado de mal dela.
Afinal, o que ela me disse acontecera.
Encostei meu carro debaixo da figueira.
Tinha um rapaz lavando um carro logo ao lado.
Me confundi com as grades das casas e perguntei:
"-Amigo, qual mesmo é a casa daquela senhora que lê cartas?"
Ele me respondeu
"- Ah, você chegou tarde. Faz seis meses que ela morreu."